Quais quê!? Quais extintos Magalhães e choques tecnológicos! Quais novos aeroportos e TGV's, distantes no tempo e distantes no espaço, candidatos à criação de extras-sistemas parasitários para guiar os inguiados aos seus destinos! Quais energias das correntes submersas nos seus próprios insucedidos sucessos! Quais pequenos, muito pequenos, micro e nano empreendedorias! Quais culturas, agriculturas, patentes e inventes! Quais quê!?
É decididamente agora que o PIB de Portugal vai disparar!
Foi preciso alguém ir esgravetar aos segredos do Sr. Pemberton, que por sinal era viciado em morfina, e, em jeito de desmame, tentou passar para a coca, com o objectivo de passar à cafeína e, só por fim, ao coentro. Sim! O coentro faz parte do seu segredo! Esta descoberta do verdadeiro potencial da nobre erva aromática, vai agora gerar uma nova horde de empreendimentos de oportunidade (para alguns, oportunismo), que com a ajuda dos melhores chefs portugueses, se cartelizarão disfarçadamente e darão à luz as promissoras "Coca-Tuga" e "Coentro-Cola", desta vez, devidamente registadas. A primeira, direcionada ao público esfuziante dos campos de futebol, das manifs, das noitadas e das cervejolas e a segunda ao público mais pacifísta, mais alternativo, dos SPAs e dos suminhos.
Patenteadas as fórmulas e experimentadas nos nossos "animais", farão ressurgir o esplendor agrícola do Alentejo. Dar-se-á assim maior uso ao Alqueva, e os hectares de coentros a perder de vista farão revoltar Salazar no seu túmulo, desalentado por ter desaproveitado mais uma torneira para os cofres nacionais. O sector primário terá não um boom mas um outburst! O secundário, virá a reboque pela produção massificada e respectiva exportação para os países de expressão portuguesa, em crédito de contrapartidas para o próximo acordo ortográfico. E o terciário, naturalmente, pelo impulso dado ao Turismo, pois passaremos a usar o slogan, "Portugal, de mar, remar e aroma"r"".
É desta que sairemos da crise, devolveremos o dinheiro aos chineses e aos angolanos, encheremos os nossos cofres e ainda converteremos os Filipes ao portuguesismo.
by Dora P
Tenho um artigo curioso sobre o Fernando Pessoa e a Coca cola. Quando a coca cola chegou a Portugal o Pessoa fez um anúncio maravilhoso "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Graças a este anúncio, que remetia a bebida para um universo de dependência, a coca cola foi banida em Portugal durante vários anos... Pode ser que o momento chegue agora. Sugiro que se mantenha o slogan e se quiserem um representante (delegada da propaganda cola) no Alto Alentejo contem comigo!
ResponderEliminarFalhou esse pormenor que teria dado um especial fulgor à peça ;)
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