Afinal parece que para alguns não deveria existir Dia dos Namorados! Queres implicar não o sabes fazer, mas... se queres mesmo implicar, eu digo-te como o fazer!
É sempre possível festejar qualquer dia que seja, seja ele dependente da nossa existência, da dos outros ou da nossa com os outros. É sempre possível ficarmos felizes pelo simples nascer de um dia que é celebrado, tenhamos nós tempo, vontade, disponibilidade, amabilidade, ou tantos outros argumentos de que nos rodeamos, constantemente, para que sejamos felizes. Ou simplesmente, mesmo não nos apetecendo, que fiquemos felizes porque vivemos mais um dia e porque até podemos sorrir pelo reflexo do sorriso dos outros. Ou, mais ainda, porque as ruas se enchem de novos temas, de novos contornos, de grandes emoções, de grandes pregões, de vivas, de risos, de flores, de cores, de amores, de louvores, de tanta coisa que pode iluminar a alma, até daqueles que teimam em ser infelizes.
Pensa bem. Ou pensa mal. Mas pensa, nem que por um momento, quantos dias se não comemorariam se deixássemos vencer a vontade de deitar por terra.
Não haveria Dia da Mãe nem do Pai pois, infelizmente para alguns, estes já partiram e esse dia seria passado em lágrimas, em vez de felizes recordações.
Não haveria Dia da Mulher porque poderia ser ultrajante para os homens ou confuso para os transexuais.
Nem haveria Dia da Criança porque poder-nos-ia fazer sentir demasiado perdidos na saudade da irresponsabilidade dos tempos de petizes.
Não haveria Dia da República pois lançaria às cadeiras dos psicanalistas os infelizes monarcas que, durante um século, sonharam em ser aquilo que não mais serão.
Não haveria Dia da Liberdade porque os presos seriam descriminados e por isso teríamos de os soltar nesse dia por inconstitucionalidade.
Não haveria Dia da Mulher porque poderia ser ultrajante para os homens ou confuso para os transexuais.
Nem haveria Dia da Criança porque poder-nos-ia fazer sentir demasiado perdidos na saudade da irresponsabilidade dos tempos de petizes.
Não haveria Dia da República pois lançaria às cadeiras dos psicanalistas os infelizes monarcas que, durante um século, sonharam em ser aquilo que não mais serão.
Não haveria Dia da Liberdade porque os presos seriam descriminados e por isso teríamos de os soltar nesse dia por inconstitucionalidade.
Não festejaríamos o Dia da Imaculada Conceição porque a dona Josefina, que vive no R/C e toda a vida teve de levar com a sua vizinha Conceição e seu marido, lá do seu primeiro andar - com tamanha proa por morar 2 metros mais próximos do Céu - e que com os seus gritos pelos maus-tratos e pelo vinho e seus desacatos, nada mais lhe envia lá de cima senão laivos do Inferno e, por tal, não pode nem ouvir nem proferir esse nome quanto mais festejá-lo.
Não haveria Dia de Todos os Santos, pois os descrentes se ofenderiam pelo ultraje da ausência ao trabalho por tema tão infundado.
Não haveria Sexta-Feira Santa, pois daria muito mais jeito ser à Quinta por causa das “pontes”, e até incrementaria o “Vá para Fora cá Dentro”.
Não haveria Dia de Santo nenhum pois 356 dias não chegam para festejar todos os Santos canonizados.
Não haveria Dia do Trabalhador porque temos muitos desempregados.
Não haveria Dia da Água pois há quem goste mais de vinho.
Não haveria Dia da Nacional da Árvore porque não há Dia Nacional das Flores.
Não haveria Dia da Humanidade devido ao excesso de desumanidade.
Não haveria Dia de Natal porque até nem se sabe muito bem em que dia Jesus nasceu.
E muito menos haveria Dia de Ano Novo porque, em cada ano, todos os Dias são Novos!
Por isso, festejemos, sim, o Dia dos Namorados e do São Valentim e de todas as paixões: das paixões pelo Luís e pela Mariana; das paixões pelos filhos e pelos netos; das paixões pelo sol e pela chuva; das paixões pelos sonhos e pelas viagens; ou simplesmente pela paixão de ser apaixonado pela vida!
by Dora P
Em resposta aos que se queixam que o Dia de São Valentim ofende os que não têm par.
E celebremos as paixões perdidas
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