Bad News, No More!
Estou farta, farta, farta! Verdadeiramente farta!
Já não aguento a avalancha de mails, posts de Facebook, gordas de
jornais, piadas e piadolas sobre tudo e todos os que se sentam ou alguma
vez se sentaram nas cadeiras da Assembleia da República. Estou quase a
chegar ao extremo de me desligar da corrente da máquina das notícias. É
um jorro de estupidezes e disparates, de notícias falsas, inventadas,
recriadas ou empoladas sobre quem lá esteve, quem lá está, quem esteve
mal mas agora como por magia deixa saudade, quem esteve bem mas afinal
passou a ter a culpa de tudo… Basta!
Basta de saudade do Salazar que
enriqueceu os cofres do estado mas deixou de herança um povo esvaziado pela falta de pão e excesso de ignorância, dos capitães de Abril que nos escancararam a porta para a
manifestação mas nos privaram da liberdade da iniciativa privada. Basta de
trazer à praça pública aquilo que é do foro privado dos que expõem as
suas vidas ao serviço público, e basta de notícias podres quando há
tanto de são no nosso país que pode tomar de esperança e positivismo o
nosso povo e nos pode exorcizar este negrume.
A minha formação,
completa a vosso saber, de Gestão e Marketing, e a minha experiência em
ambiente empresarial bem organizado e de cultura definida permite-me uma clarividência adicional. Digamos o
que dissermos, nestes ambientes age-se diferente na maioria dos casos.
As notícias boas são para divulgar em grande escala e as notícias
negativas afloram-se com palavras cuidadas de modo a que a moral dos
colaboradores não tome caminhos descendentes. Além do mais, as notícias
negativas são ditas de forma suavizada pois, se até um anúncio de morte
pode ser dito de uma forma mais ou menos chocante qualquer notícia
negativa pode ser amansada.
Pois é isto mesmo que deveria ser o
caminho seguido pelos jornais, pelos governos, pelas gentes. Falem muito
mas falem do que é bom. Permaneçam atentos às adversidades mas
vençam-nas munidos do lado positivo das coisas. O negativismo retira a
esperança, a falta de esperança desanima a mente, a mente descaída faz
baixar os braços, os braços sem força não empreendem, e se não se
empreende o infortúnio não cessa a sua escalada. Quem quer investir num país
onde só soam notícias vis e escandalosas? Quem quer investir num país
onde o povo atrofia? Quem quer investir onde o tema é sempre a corrupção
e a banalidade, agravada pelo facto de que muitas delas são inverdades?
Ninguém!
Quero mais notícias sobre o crescimento do turismo
estrangeiro no nosso país, quero uma notícia a cada dia sobre cada novo
empreendimento, nem que seja pequeno. Quero emails educados a falar
de novos engenhos criados pelos portugueses. Quero notícias sobre o
número extra de contentores de vinho, sapatos e cortiça que o nosso país
exporta. Quero mais notícias sobre a qualidade, sobre quem se empenha. Quero notícias sobre os feitos positivos de todos os portugueses que se
dedicam às suas profissões com paixão e o reflectem nos seus filhos. Quero notícias sobre os avanços energéticos, da ciência, da ecologia,
das tecnologias de informação. Quero todas estas notícias em todos os
media mas não relegadas ao plano do terço mais fundo da página. Quero
todas estas notícias nas gordas, bem garrafais e desenvolvidas com
sobeja substância.
Acredito que com esta pequena mudança de atitude, daqui
a uns anos os nossos filhos olharão para trás e orgulhar-se-ão pela
mudança que empreendemos para que eles possam ter o futuro que nós
queremos para eles: forte e risonho!
By Dora P
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